Vivemos num mundo em que somos constantemente incitados a consumir mais. O tipo de anúncios que vemos diariamente na televisão, nos outdoors, na rádio e na Internet atestam-no. Todos estes são instrumentos que os anunciantes utilizam para o encorajar a si e a mim a consumir o que eles têm para oferecer. Fazem-no sem pedir a sua autorização e sem sequer saber se precisa ou não. Apesar de tudo isto, continuam a encorajar-nos a consumir os seus produtos.
Pessoalmente, não tenho problemas com os anunciantes, acho que estão a fazer o que é suposto ser o seu trabalho e é para isso que são pagos. O desafio, por vezes, é quando querem que eu consuma algo sem primeiro perguntar se preciso ou não. E esta é a natureza da publicidade, com todas as técnicas de marketing de guerrilha, apenas para conseguir uma venda.
Quando se chega à Internet, as questões passam para outro nível, com a quantidade de informação que abunda em linha, podemos até ficar com uma indigestão se não soubermos o que procuramos e o que fazer com ela. E é isso que a Internet é, um lugar para partilhar, produzir e consumir informação. E eu não tenho qualquer problema com isso.
Isto leva-me ao tema deste artigo, onde é que se encaixa em todo este cenário, se está entre os que produzem ou entre os que consomem. Quando se trata de bens de consumo, infelizmente só existem estes dois lados da moeda. Ou se está a produzir ou se está a consumir. Ou está entre aqueles que produzem para mudar o mundo e causar impacto, ou está entre aqueles que não se preocupam em mudar o mundo, mas apenas querem consumir.
Vivemos num mundo de consumismo, e não vejo nada de mal em consumir informação se no final for para ter algo que online injectable steroids lhe permita produzir mais. O problema é quando apenas se consome, consome e consome mais sem nunca fazer nada com o que se consumiu.
O mundo está cheio de consumidores e os consumidores não mudam o mundo, são os produtores que o fazem. Precisamos de mais produtores para causar um impacto e uma diferença no mundo. É verdade que se produzirmos alguém tem de consumir, certo? É verdade, porque nunca se pode ser um produtor se não se consumir primeiro. Porque tudo o que produzimos na vida é o total do que consumimos dos outros, destilado à nossa maneira única.
Primeiro Consumidores, Depois Produtores
Para sermos produtores efectivos temos de ser primeiro consumidores, no entanto, a diferença reside no facto de um produtor consumir informação de forma estratégica. O produtor consome o que precisa para atingir os resultados que pretende alcançar. Já o consumidor é alguém que consome apenas tudo o que encontra e lhe é dado.
Um produtor não se limita a consumir qualquer coisa, pensa estrategicamente em cada informação e na forma como esta se enquadra no seu projeto global. Faz uma busca frenética por tudo o que possa acrescentar valor ao que está a fazer. Ele sabe como selecionar entre o precioso e o não precioso. Sabe a diferença entre o bom e o necessário.
O produtor é um pensador estratégico que sabe o que deve levar e o que deve deixar. Não cede aos artifícios de urgência utilizados pelos marketeers. Não anda à procura de modas, sabe o que funciona e o que não funciona para o que quer que se proponha fazer.
Somos Chamados a Produzir
O objetivo geral do ser humano é ser produtivo na vida, deve ser produtivo. A produtividade é uma exigência colocada a todos os seres humanos que vivem neste planeta. A nossa dignidade como seres humanos reside no facto de podermos criar e produzir coisas que podem mudar a vida das pessoas. A partir do momento em que deixamos de produzir, a nossa vitalidade é posta em causa, porque todos os seres vivos têm de produzir. Essa é a lei da natureza.
A Qualidade do Que Produzimos
Não basta produzir coisas, porque não somos julgados pelo que ou quanto produzimos, mas pela qualidade dos nossos produtos. É por isso que as pessoas se lembrarão de si pela qualidade ou falta de qualidade do que produziu. E embora haja espaço para a economia de escala, temos de nos certificar de que não comprometemos a qualidade do produto.
Infelizmente, isto é algo que a maioria das pessoas se esquece de fazer, especialmente quando está numa busca frenética para fazer chegar o que produzimos ao maior número de pessoas possível. A Toyota teve de pagar um preço elevado por este facto quando foi forçada a recolher milhões dos seus veículos devido a uma espécie de mau funcionamento de uma das suas peças/funcionalidades. E isto aconteceu mais do que uma vez.
Infelizmente, se comercializar ideias e informações como alguns de nós fazem, não as pode retirar das pessoas que consomem o seu material. É por isso que a prudência e os mais elevados padrões de produção de conteúdos são exigidos a todos os produtores de conteúdos.
De Consumidor a Produtor
Para aqueles que ainda estão no lado do consumidor, talvez seja altura de se tornarem produtores e fazerem a diferença no mundo. O mundo não se lembrará de si pelo quanto consumiu, mas pelo quanto produziu. Por isso, faça a mudança agora e traga alguma dignidade à sua vida.
É muito gratificante ser uma pessoa produtiva e começar a criar coisas de que as pessoas se possam orgulhar. Comece a criar e a produzir algo de valor, transforme toda a informação que consumiu ao longo dos anos, e que ainda consome, em algo valioso para a sociedade. Garanto-vos que não se arrependerão, de facto, dormirão em paz por terem feito isso.
Quanto a mim, tomei a decisão de me esvaziar de tudo o que Deus me deu e de tudo o que tenho para fazer do mundo um lugar melhor.
Agora é a vossa vez, como é que vai ser? És um produtor ou um consumidor, a escolha é tua, por isso escolha sabiamente.